sexta-feira, 18 de maio de 2018

Olhar-Ler-Falar do Sujeito Pós-Moderno

Olhar-Ler-Falar do Sujeito Pós-Moderno

"[...] fugirmos de tudo que é padronização.
A palavra sujeito remete-nos à subjetividade e,
desta forma, a vicissitudes, a percursos imprevisíveis,
impredizíveis, improduzíveis.

A palavra sujeito remete-nos a possibilidades,
particularidades, à tecitura singular de aprendizagens.

Daí termos que falar do sujeito do desenhar e não do desenho.

Olhar-ler-falar do sujeito de desenhar é abrir espaço da produção de sentidos e
simultaneamente jogar-se em busca de sentidos,
sabendo de antemão que eles nunca se esgotam.

Um desenho não esgota o sentido,
o gesto também não;
a palavra também não.

Não é o sujeito leitor que vai esgotar o sentido, tampouco o sujeito autor.
Os sujeitos estão se transformando e transformando as situações.
As situações não são estáticas, como as radiografias.

Portanto, não podemos padronizar nosso olhar,
padronizando os elementos gráficos.
Uma só jogada não esgota o jogo,
uma só questão também não,
uma só lógica também não.

Yara Stela Rodriguês Avelar.
Situação pessoa aprendendo investigador-sujeito da investigação....
-
Paradigma Atual da Pós-Modernidade

O que caracterizou a Modernidade do século XVII e XVIII segundo os principais estudiosos da área,
foi sem sombras de dúvidas a transição do mundo medieval teológico (onde Deus era o centro do universo) para o mundo antropológico (onde o Homem passou a ocupar este lugar), a suposta distinção do mundo da  e da Razão, da Religião e da Ciência;

Grosso-modo: Há outras leituras sobre a sua origem.
Segundo estudiosos da área, o início da Pós-Modernidade se deu no pós-guerra, a partir da explosão da Bomba de Hiroshima de 1948 (o que caracterizou a crise da Razão e da Ciência); 

Três ideias centrais:
* Crise da ideia de filosofia como construtora da verdade;
* Crise da ideia de certeza;
* Crise das utopias.

É um conceito complexo, em resumo:
- É a construção de um presente possível;
- Desencantamento da ideia de um futuro garantido, certo, promovido pelas leis da história;
- Segundo Lyotard, onde todas as (narrativas, um discurso e uma hipótese) entram em crise (mundo, história, vida) e também o marxismo, cristianismo e iluminismo.
- Seu núcleo é a negação de qualquer fundação, não há um "real realmente real", mas narrativas que estruturam essa realidade;
- As visões de mundo - tornam-se projetos utópicos, negados pela pós-modernidade;
- A falta de certezas indica a impossibilidade de prever o futuro filosófico e científico e o que nos resta é o presente. 

O presente precisa ser modificado e vivido, seja para o bem ou para o mal;
- Nega a materialidade como definição daquilo que de fato é real, atribuindo a realidade ao sentido que os sujeitos podem dar as coisas;
- A simbiose entre a ciência de ponta e o arcaico (do afeto e do sentimentalismo);
- Aceitar a diferença e "misturar tudo", nas artes, no cinema, na música, dentre outros.
- Fim da ideia de futuro e a supervalorização do presente;
- Saímos da uniformidade (padrões de comportamentos) e admitimos o politeísmo (da trajetória livre, mistura);
- A sociedade do espetáculo.

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