sábado, 16 de fevereiro de 2019

INFORME DE DEVOLUÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA


INFORME DE DEVOLUÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA

 Ao final do diagnóstico, o psicopedagogo já deve ter formado uma visão global do indivíduo sua contextualização na família, na escola e no meio social em que vive. Deve ter uma compreensão de seu Modelo de Aprendizagem, o que já aprendeu o que pode aprender o que aprende no ponto de vista afetivo­social, que recursos possui, se os mobiliza ou não, que tomam seus interesses na busca do conhecimento.
O resguardo ético do indivíduo e de sua família deve merecer atenção. O laudo ou informativo tem como finalidade resumir as conclusões a que se chegou na busca de respostas às perguntas iniciais que motivaram o diagnóstico.
Utilizo um pequeno roteiro, que sofre modificações necessárias, conforme o caso em questão. É apenas um guia, e não um formulário a ser preenchido.  Essa síntese, em sua redação, independe da sequência em que foram coletados os dados.


Informe Psicopedagógico


Motivação da Avaliação – Encaminhamento

É necessário se relatar a queixa na visão da família e da escola, quando for o caso. Caracterizar o encaminhamento feito para um diagnóstico psicopedagógico pela escola, pediatra, neurologista, psicólogo e outros.

Período de Avaliação e número de Sessões

Ao definir o período de avaliação, delimita-­se a época do ano letivo em que foi feita, a sua extensão, as interrupções ocorridas e suas causas.

Instrumentos Usados

Relata-­se o tipo de sessão usada (lúdica, familiar, EOCA, dramatização, etc.), os diferentes testes e seus objetivos, bem como as diferentes entrevistas.

Analisar os Resultados nas Diferentes Áreas: Pedagógica; Cognitiva; Afetivo­-social; Corporal.

Procura­-se fazer um relato descritivo de cada área, podendo incluir ou não resultados de teste, trechos, e exemplos de produção do paciente, transcrição de fala, etc. a profundidade dos detalhes colocados dependerá do objetivo do laudo.
Dinâmica familiar: relação   entre seus membros, papéis    exercidos, comunicação familiar do indivíduo e do paciente. Por exemplo:
Pais analfabetos valorizam a aprendizagem como meio de ascensão social, estimulando sempre o trabalho escolar de X, impedindo­-o de faltar às aulas;
Pais analfabetos, conformados com  a situação em  que vivem, consideram o filho “burro que nem nós”, sem nenhuma valorização à escola;
Pais de nível universitário, altamente  exigentes  quanto  a  produção  escolar de X, realizam cobrança de modo muito rígido, deixando X muito  ansioso  nas provas.
Na  área  corporal é,  importante  situar  o  uso  do  corpo  em  situações  diversas, aspectos de normalidade, aspectos de psicomotricidade, etc.

Síntese dos Resultados – Hipótese Diagnóstica

É a resposta mais direta a questão inicial levada pela queixa.  Faz-­se uma síntese do que foi analisado no item anterior, estabelecendo-­se as relações entre diferentes áreas em relação ao motivo da avaliação. Esse item é uma reelaboração dos dados e suas interligações, de modo a ter uma visão global do paciente ante a questão da aprendizagem e/ou produção escolar.

Prognóstico

Relata­-se a hipótese final sobre o estado futuro do indivíduo em relação ao momento do diagnóstico. É uma visão condicional, baseada no que pode acontecer a partir das recomendações e indicações. Se necessário pode-se fazer referência a indicadores, como, por exemplo, atitude altamente colaboradora, riqueza de expressão simbólica, bom nível intelectual, pedido de ajuda expressa nos testes projetivos, etc.

Recomendações e Indicações

Sintetizam­-se aqui as orientações dadas aos pais e à escola: troca de turma ou de escola, forma de posicionar o indivíduo em sala de aula, modo de lidar com ele em casa e na escola, reformulação de exigências, atribuição de responsabilidades, revelação de fatos, etc. as indicações de atendimentos a serem feitas, seja de psicopedagogia, fonoaudiologia, psicoterapia, etc.

Observações: Acréscimo de Dados Conforme casos Especiais

Exemplos:
­ Alguns dados da história de vida;
­ Postura do indivíduo durante a avaliação;
­ Recorte de sessões ou testagem;
­ Recorte da dinâmica familiar;
­ Interferências durante o processo;
­ Interrupções;
­ Síntese do sistema escolar.   Análise mais detalhada do    tipo de escola (metodologia, exigências, etc.).

 Coloco-me a disposição para outros esclarecimentos.

Atenciosamente,

[Local e data ]

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Psicopedagoga(o)

BIBLIOGRAFIA:

OLIVEIRA, Daliane. Modelos de documentos psicopedagógicos. 1ª ed. Online. PsiquEasy, 2018.

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